quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Países Desenvolvidos do Norte II - Europa

1. União Europeia

A União Europeia reúne hoje 27 nações e forma um dos blocos econômicos mais consolidados do mundo.



1.2. Tratado de Masstricht e a criação da União Europeia


 O Tradado de Maastricht promoveu um aprofundamento do papel da comunidade, dando início ao que se denominou União Europeia. Procurou-se a partir daí reforçar a cooperação política, desenvolver a vertente social da comunidade e melhorar a eficácia e a legitimidade democrática das instituições. 

Esse tratado trouxe a efetivação de um mercado único, estabeleceu uma moeda única, o euro, e a criação de um Banco Central Europeu.

Dando continuidade ao processo de alargamento, em 2004, mais dez países passaram a fazer parte da instituição: Chipre, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia e República Tcheca. Com a adesão da Romênia e da Bulgária em 2007, a União Europeia elevou para 27 o número de Estados-membros. 

Vale ressaltar,porém, que nem todos os países da União Europeia utilizam o euro como moeda de troca. Por exemplo o Reino Unido, Suécia e Dinamarca.

Com isso foi possível orientar a construção de políticas e tomadas de decisões refentes às alterações climáticas e à redução no consumo de energia.


1.3.   Aspectos econômicos

A agricultura europeia se destaca por ser altamente diversificada por utilizar tecnologias avançadas e pela produtividade elevada. As produções de maior destaque são as de cereais, como o trigo, a aveia, o centeio e a cevada, cultivados em países como Itália, França e Alemanha. 

Nos países mediterrâneos destacam-se as oliveira para produção de azeite e os vinhedos para a fabricação de vinhos. Em virtude das condições ideias de clima e de solo, os produtos desses países são reconhecidos internacionalmente.

Quanto a pecuária, ela é de forma intensiva, onde os rebanhos são confinados e tratados com os mais avançados recursos tecnológicos do setor. O rebanho mais importante é o bovino. A pesca, favorecida pelo enorme litoral e pelo enorme litoral e pela presença da corrente do Golfo, é fundamental para a economia de países como Noruega, Portugal e Islândia.

A exploração madeireira ocorre principalmente nas florestas boreais dos países escandinavos e constitui importante fonte de renda para esses países.

As extensas rodovias possibilitam a rápida locomoção. As ferrovias também se  destacam, com ligações de alta velocidade, como o TGV e o eurotúnel. O sistema hidroviário é fundamental para o transporte de cargas.



1.4. Aspectos Demográficos


A União Europeia possui hoje cerca de 500 milhões de habitantes, o que faz a maioria de seus países membros, por suas dimensões territoriais, ser bastante povoada. Porém, a distribuição dessa população é bastante irregular, em virtude de fatores como o clima e o desenvolvimento econômico.

Em relação ao crescimento populacional, as taxas estão entre as mais baixas do mundo, chegando a ser negativas em muitos países. A queda nos índices de natalidade é o fator mais importante para entender esse processo.


1.5. Deslocamento populacional no velho continente


Após a Segunda Guerra Mundial, países como Inglaterra, França, Alemanha, entre  outros, passaram a incentivar a vinda de imigrantes, principalmente de suas ex-colônias na África e Europa.

A partir da década de 1970, com a crise econômica e o consequente aumento do desemprego os imigrantes já não eram tao bem vindos. Isso levou ao surgimento de movimentos contrários à  entrada e à permanência desses imigrantes.

Esse sentimento, caracterizado como Xenofobia, foi responsável pelo surgimento de partidos e grupos diversos resistentes à entrada de estrangeiros, em geral com ideologias neonazista e ultranacionalista de direita. A partir de então, muitos imigrantes e descendentes tornaram-se alvos de hostilidade.



2. Federação Russa e Comunidade dos Estados Independentes (CEI)


 A Rússia apresenta um índice de desenvolvimento humano próximo ao do Brasil e exerce um papel político-econômico expressivo. Além disso a Federação Russa é a maior e mais importante república da antiga União Soviética ( URSS) e lidera o conjunto de países que formam atualmente a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), mantendo, ainda hoje, uma forte influencia na região e no mundo, mesmo que de forma não tao contundente como nos tempos de guerra fria.

A CEI é uma organização supranacional criada após a dissolução da URSS em 1991. Com exceção dos países bálticos (Lituânia, Letônia, Estônia) e mais recentemente a Geórgia, todas as outras ex-repúblicas soviéticas mantêm-se na CEI.

 A desestatização associada às grandes dividas internas e externas e à falta de competitividade de suas empresas, levou esses países a recessão. O ápice dessa crise ocorreu em 1998 com a decretação da moratória no pagamento da divida externa do país. A desconfiança do mercado abalou as bolsas de valores no mundo todo e motivou uma crise global.


3. Países Bálcãs


Os países dos Bálcãs localizam-se no sudeste do continente europeu e englobam, na sua maioria, repúblicas formadas após o desmembramento da antiga Iugoslávia, com exceção da Albânia. Desses países, apenas a Eslovênia foi integrada à União Europeia.

O país que apresenta os maiores problemas decorrentes dos conflitos no interior da Iugoslávia é a Bósnia - Herzegovina, que vem contando com o auxílio internacional para retomar o seu desenvolvimento.

Um caso ainda não resolvido é o de Kosovo, que, assim como as demais ex-republicas iugoslávia, reivindica sua autonomia. Apesar de ter sido declarada independente em 2008, isso ainda não foi totalmente reconhecido internacionalmente. Este fato demonstra o caráter ainda extremamente dinâmico das fronteiras do continente europeu.


 Fonte: GEOGRAFIA: sociedade e cotidiano 3 - Volume único - Espaço mundial
                Autores: Dadá Matins/ Francisco Bigotto/ Márcio Vitiello

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Países Desenvolvidos do Norte I

 1. Características gerais dos países desenvolvidos

A origem das regiões desenvolvidas do planeta está diretamente ligada ao surgimento do capitalismo e à sua consolidação no mundo moderno, que ocorreu a partir de processos como o mercantilismo, o colonialismo, o imperialismo e a globalização. O desenvolvimento comercial e, posteriormente, o industrial foi fator decisivo no estabelecimento da Divisão Internacional do Trabalho, definindo assim a atual divisão Norte-Sul.

Pode-se perceber que os países ricos trazem como marca de desenvolvimento uma produção industrial significativa; investimentos maciços em pesquisas e tecnologia; um setor de serviços dinâmico e um desenvolvimento agropecuário apoiado na utilização de tecnologia avançadas. 

Existem diferenças entre elas, de modo que umas apresentam maior produção econômica, mas indicadores socioeconômicos não tão elevados. Outos apresentam um PIB mediano, e são portadoras de elevados índices sociais. Essas diferenças decorrem de vários fatores diretamente relacionados à produção econômica de cada país, à sua forma de inserção na economia mundial, à distribuião de renda, aos investimentos em serviços públicos etc.


2.  Estado de Bem-Estar Social (WELFARE SATATE)
  
A política caracterizada como o Estado de Bem-Estar Social foi desenvolvida primeiramente nos Estados Unidos e consistiu num intervenção do governo do presidente Roosevelt diante da Grande Depressão de 1929. Sendo que estes deveriam ser garantidos pelo Estado ou pelo seu poder de regulamentação sobre a sociedade civil. Exemplos desses direitos foram: a educação em todos os níveis, a assistência médica gratuita, o auxílio ao desempregado, a garantia de uma renda mínima e recursos adicionais para a criação dos filhos.

Após a Segunda Guerra Mundial essa política se estendeu para os países da Europa Ocidental, ampliando também a ideia de democracia, de cidadania, além do atendimento às questões sociais. Assim em praticamente todos os países desenvolvidos os cidadãos já nascem com direitos garantidos e têm a certeza de que eles serão cumpridos.


3.1.  América Anglo-Saxônica


A América Anglo-Saxônica é formada por Estados Unidos e Canadá e consiste numa região que apresenta aspectos comuns em relação às característica históricas econômicas e culturais decorrentes do predomínio da colonização inglesa,  embora os franceses tenham exercido grande influência na formação do Canadá.

Em 1565, os espanhóis foram os primeiros a chegar, dando origem ao primeiro povoado no atual estado da Flórida, no sudeste do país. Quatro décadas depois, os ingleses dominariam a costa Atlântica dessa parte do continente americano. 

Em 1608, os franceses ocuparam a parte da costa leste do atual Canadá e depois o vale do rio São Lourenço. Em meados do século XVIII, Quebec e Montreal, as duas principais cidades francesas da América, foram conquistadas pelos ingleses, que passaram a administrar esses territórios.

Com a formação das 13 colônias inglesas na América do Norte, a imigração inglesa tornou-se mais intensa. o contrário das colonizações espanhola e portuguesa, que se ocuparam apenas da exploração das terras recém-conhecidas, os colonos britânicos que se estabeleceram nas colônias do norte chegaram com o objetivo de fixar residência.
 
 Nesse modelo de colonização, foram estabelecidas colônias de povoamento, nas quais os ingleses promoveram o desenvolvimento de um mercado interno, construído estaleiros navais, casas comerciais, bancos, oficinas manufatureiras e, posteriormente, indústrias.
3.2.   Estados Unidos da América

A expansão territorial foi acompanhada de dois fatores importantes: a vinda de imigrantes em massa e a construção de ferrovias que ligaram a costa leste ao Pacífico, propiciando, dessa forma a expansão econômica do país.  
A população do Estados Unidos é composta basicamente de descendentes de europeus que emigraram em diferentes épocas a partir do século XVI. Atualmente destaca-se a comunidade de latino-americanos que vem crescendo significativamente no país. Todos esses povos são responsáveis pela formação de uma nação que ocupa 50 estados: 48 contíguos mais o Alasca, na porção noroeste do continente, e o arquipélago do Havaí, no oceano Pacífico.
4. Canadá

O Canadá é um dos países com melhor padrão de vida do mundo, com baixos índices de mortalidade infantil e analfabetismo e elevada expectativa de vida. A população canadense é formada principalmente por descendentes de ingleses (40%) e franceses (27%), por  isso, o inglês e o francês são considerados idiomas oficiais.
Existe no país um grande potencial hidrelétrico; no entanto, elevado consumo de energia para o aquecimento faz com que quase toda produção seja destinada ao uso interno.  

O país se destaca pela produção de trigo, cevada, milho, aveia e canola e, na pecuária, apresenta grandes criações de bovinos, ovinos, suínos e aves, além de ser um dos maiores produtores mundiais de pescados.
Grande parte da sua produção tem como destino o mercado externo, principalmente os Estados Unidos, que importam um quinto dos produtos canadenses. Essa relação foi intensificada com a criação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), visto que o Canadá é um grande aliado do país vizinho que permite aos Estados Unidos uma participação cada vez maior na exploração dos recursos naturais e na economia canadense.

5. Nações Desenvolvidas do Pacífico
5.1. Japão

 O Japão, com 377800 km² e uma população em torno de 128 milhões de habitantes, é um país bastante povoado, com 80% das pessoas residentes nas áreas urbanas.
O relevo do japão se caracteriza pela predominância de montanhas. As planícies estão localizadas basicamente na faixa litorânea e nos sopés das montanhas, onde se concentra a maior parte da população.

A floresta é a vegetação predominante e cobre naus de 60% do território. Sua preservação é fundamental para o país, pois o desmatamentopode expor o solo aos agentes erosivos (vento, água da chuva etc.), podendo causar grandes deslizamentos nas encostas por causa do relevo montanhoso, o que seria também catastrófico.  
5.2. O imperialismo japonês
Por causa do baixo crescimento vegetativo há necessidade de mão de obra estrangeira, principalmente para atividades que não exigem elevada qualificação.
O produto  Agrícola de maior destaque é o arroz, base da alimentação japonesa e único bem agrícola no qual o país é autossuficiente. Outros produtos cultivados em solo japonês são: frutas, cereais, soja, legumes, hortaliças etc., embora o país tenha que importar grande parcela desses alimentos. 
O país apresenta ainda a maior frota pesqueira do planeta. Seus navios recolhem e processam milhões de toneladas de pescados todos os anos, o que gera conflito com outros países do Pacífico.
O estabelecimento de um parque produtivo altamente automatizado e robotizado, que diminuiu gastos com mão de obra e permitiu aumentar significativamente a produção, foi determinante para que o Japão se tornasse a grande potência mundial de hoje.
5.3. Austrália e Nova Zelândia

 -Austrália

A Austrália possui uma área de 7713300 km² e uma população de pouco mais de 21,3 milhões de habitantes. Com isso, sua densidade demográfica é uma das mais baixas do globo, com 2,6 hab./ km² aproximadamente.
Grande parte do seu teritório é coberto por extensos desertos e é desabitada. O relevo autraliano é bastante  antigo e desgastado pela ação erosiva de ventos, chuvas e calor. Suas altitudes são modestas, com metade do território abaixo dos 300 metros.

Do ponto de vista social, o país apresenta elevados níveis de PIB per capita, alfabetização e expectativa de vida (80 anos). Esse conjunto de indicadores levou o país a apresentar um dos melhores índices de desenvolvimento humano do mundo, assumindo a segunda posição do ranking mundial, de acordo com o Relatório do PNUD em 2009. 

Atualmente, um dos setores mais importantes da economia australiana é o da mineração, e o país é um dos maiores produtores mundiais de minério de ferro, carvão, níquel e ouro.
A partir da década de 1970 o país desenvolveu novas parcerias comerciais nesse setor. 

Primeiramente com o Japão, e atualmente com a China, que, além de ser o maior comprador de minérios australianos, começa a adquirir empresas do setor, buscando com isso controlar os minérios de que necessita para suas indústrias. 
 
-Nova zelândia

A Nova Zelândia possui elevado índice de desenvolvimento humano, pois apresenta altos níveis de PIB per capita, alfabetização expectativa de vida (79 anos), o que o insere no grupo dos países desenvolvidos. 
A população neozelandesa é formada principalmente por descendentes de britânicos (86%). A outra pequena parte é de maoris(povo nativo) e outros povos polinésios. A ilha do norte concentra maior parte da população em cidades como Auckland, a maior do país, e Wellington, a capital.
A Nova Zelândia é grande produtora de leite e derivados e principalmente de lã. Em virtude de seus atributos naturais, nos últimos anos o país tornou-se polo do ecoturismo internacional, atraindo adeptos de esportes de aventura como o rafting, bungee jump e balonismo. A Nova Zelândia é formada por duas ilhas principais.

Fonte: GEOGRAFIA sociedade e cotidiano 3;  Volume único - Espaço mundial                                       Autores do livro - Dadá Matins/ Francisco Bigotto/ Márcio Vitiello

domingo, 22 de julho de 2012

Regionalização socioeconômica



Esse tipo de regionalização considera principalmente as condições socioeconômicas dos países. Ele divide o mundo em dois blocos: ao norte, os países que compõem o bloco dos desenvolvidos (ricos) e, ao Sul, os países subdesenvolvidos (pobres), com exceção da Austrália e da Nova Zelândia, classificados como ricos. Essa forma de regionalização generaliza as condições sociais, culturais, econômicas e políticas dos países de ambos os blocos. Ela define uma linha divisória, como se todos os países pertencentes a um dos grupos apresentassem exatamente a mesma realidade social e econômica.

Fonte: Geografia sociedade e cotidiano 3 -  vol. 3 
            Autores: Dadá Martins, Francisco Bigotto, Márcio Vitiello.

Regionalização Política

Baseia-se na divisão territorial dos países, que também podem ser agrupados de acordo com a sua localização. O mundo é dividido em cinco continentes e cerca de 200 países, com características distintas de organização política, territorial, social, cultural e econômica.   

#América: A América é um continente que se prolonga do extremo Norte ao extremo Sul do globo, entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Atualmente predomina na América, a divisão baseada na sua localização (do Norte Central e do Sul) e na herança colonial (Anglo-Saxônica e Latina, na qual prevalecem aspectos socioeconômicos e culturais). Na América Anglo-Saxônica predominou a colonização inglesa (anglo-saxã), que também determinou a língua e o modelo de desenvolvimento econômico no Canadá e nos EUA- embora os franceses também tenham grande influência no Canadá.  Na América Latina, é formada por países colonizados predominantemente por povos de origem cultural latina, como o francês, o espanhol e o português. Assim, compõem essa região o México e os demais países da América Central e América do Sul.

 #Europa: A Europa é considerada o berço da civilização ocidental ou “Velho Continente”. Do ponto de vista geológico, forma com a Ásia um grande bloco de terra, também conhecido como Eurásia. Apesar de não haver um oceano ou mar que as separe, em razão das diferenças históricas e culturais, cada uma é considerada e analisada como um continente à parte. Na época da Guerra Fria, o continente foi dividido em Europa Ocidental, aliada dos EUA, e Europa Oriental, área que compactuava com a URSS. 

 #Ásia: Na Ásia, algumas características socioculturais permitem fazer uma regionalização do continente em cinco grandes conjuntos: - Oriente Médio: onde predominam países de língua árabe e, mesmo na Turquia, cujo idioma oficial é o turco, e em Israel, onde se fala o hebraico. As disputas religiosas e territoriais são intensas e freqüentes nessa região; - Ásia Meridional: formada pelo subcontinente indiano, que, além de índia, inclui Paquistão, Bangladesh, Butão, Nepal, Sri Lanka e Maldivas; - Ásia Central: envolve a parte asiática da ex-União Soviética, formada por alguns países da Comunidade dos Estados Independentes, como Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão e parte da própria Rússia. 

 #África: -A África Setentrional é constituída de seis países independentes: Egito, Líbia, Tunísia, Argélia, Marrocos e   Mauritânia. Uma das características marcantes da região é a sua composição populacional, cultural e religiosamente pelos povos árabes, que deixaram marcas profundas; -A África Subsaariana é composta de 47 países e recebe essa denominação por incluir países que têm seu território ao Sul do deserto do Saara.  

 #Oceania: A Oceania é o menor e mais povoado continente do planeta, na qual se localizam 14 nações e outras pequenas possessões estadunidenses, francesas e britânicas.  Apesar de também terem sido colônias, os dois principais países da região, Austrália e Nova Zelândia, apresentam elevados índices de desenvolvimento humano e são as únicas nações localizadas ao sul da linha do Equador incluídas no chamado Norte industrializado ou desenvolvido.

Fonte:  Geografia sociedade e cotidiano 3 -  vol. 3 
             Autores: Dadá Martins, Francisco Bigotto, Márcio Vitiello.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Regionalização do Espaço mundial

A regionalização é a divisão de um grande espaço, com critérios previamente estabelicidos, em áreas menores que passam a ser chamadas de regiõs. Cada região se diferencia das outras por apresentar particularidades próprias. Qualquer espaço é pode ser regionalizado, isto é redividí-lo. Um país, uma outra região, um estado. Até mesmo as cidades são divididas em regiões. Pode ser região administrativa, natural etc. No plano global o mundo também é dividido em regões. Cada continente se constitui numa região.


Mas o maior interesse na regionalização são aqueles relacionados a economia; isto porque atualmente todos os países e regiões depende um dos outros, por mais rico ou miserável que sejam, não produzindo tudo que precisam, nem consumindo tudo que produz. Mas a globalização envolve todos os campos da sociedade: política, esportes, cultura etc. Tudo é global, mundial. Pode-se dizer que qualquer evento natural ou social tem repercusão global.
As formas e os critérios de representação mais utilizados para a divisão do mundo são:

 
Em continentes; de acordo com os aspectos físicos ou naturais; de acordo com indicadores sociais, como a taxa de mortalidade infantil; em países ricos e pobres; de acordo com o grau ou nível de industrialização dos países; associação econômicas e sociais; cultura dos povos (religião, hábitos e costumes).

O critério de regionalização são os continentes, que não representa adequadamente a atual regionalização do mundo, pois o conceito de continente refere-se a grandes extensões de terras emersas, cercada por oceanos e mares, enquanto que, tradicionalmente os continentes correspondem às seguintes divisões: América, África, Europa, Ásia, Oceania e Antártica.


Essa forma de regionalização não retrata aspectos socioeconômicos, como renda, industrialização, tecnologia, analfabetismo e aspectos como regime político e culturais (língua e religião).

Há, portanto, diversas possibilidades de regionalização. Podemos citar algumas: países ricos e pobres; países do Hemisfério Norte e do Hemisfério Sul; por continentes (América, África, Ásia, Europa ou Oceania - vide mapa 1); países de cultura ocidental e de cultura oriental, e assim por diante.
                                                                                                    MAPA 1


Ao estudar países pobres e ricos, por exemplo, o critério adotado é o socioeconômico. Se a regionalização se basear na divisão política, o critério é, principalmente, o território de cada país e suas influências regionais ou globais. Já se levarmos em consideração aspectos como o idioma, a religião e os costumes, essa regionalização será de caráter étnico e cultural - vide mapa 2

Mapa 2

OBS.:  É importante lembrar que essas regionalizações são uma criação humana, empreendida por pesquisadores ou por pessoas que habitam o lugar. Mas há algumas dificuldades para regionalizar, já que o mundo o é homogêneo e sofre constantes transformações.


Objetivos da Regionalização: 
•Garantindo o acesso às ações e serviços de saúde
• Reduzindo desigualdades sociais e territoriais
• Garantindo a integralidade na atenção à saúde
• Potencializando o processo de descentralização
•  fortalecendo estados e municípios
• Racionalizando gastos e otimizando recursos
• Ampliar e qualificar o mercado de trabalho
• Dar qualidade ao produto turístico
• Ampliar o consumo turístico no mercado nacional
Identificar um povo por cultura lingua e atuações semelhantes e ideias parecidas
Facilitar a análise do espaço geografico, etc.


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Índice de desenvolvimento humano (IDH)



Os dados anteriores vão resultar no IDH. Onde os países são classificados em:
- Desenvolvimento humano muito elevado: os índices variam de 0,900 a 1;
- Desenvolvimento humano elevado: 0,800 a 0,899;
- Desenvolvimento humano médio: os índices variam de 0,500 a 0,799;
- Desenvolvimento humano baixo: os índices são menores que 0,500.


I.            Países em desenvolvimento humano muito elevado: é os EUA, Japão, Noruega, Israel, Kuwait, Portugal.  Esses países possuem uma produção industrial significativa, como os EUA e o Japão. Outros têm seus recursos provenientes da exploração do petróleo, como Kuwait. No total é composto de 38 países.

II.            Países em desenvolvimento elevado: são os que possuem produção econômica relevante, tendo bom desempenho econômico, mas com muitos problemas sociais. Como é o caso da Argentina, Barém, México, Federação Russa, Cazaquistão, Brasil; composto no total de 45 países. A maioria desses países apresenta boa infraestrutura e parte deles apresenta índices elevados de PIB per capita

III.         Países em desenvolvimento médio: são os que possuem sérios problemas sociais e alguns deles com grandes dificuldades financeiras; como no caso de Armênia China, Territórios ocupados da Palestina, Bolívia, Camarões, Índia.  Alguns deles apresentam níveis elevados de produção, como a China e a índia, economias emergentes. Composto por um total de 75 países.

IV.        Países em desenvolvimento baixo: são os que possuem falta de investimentos estrangeiros, que faz com que as grandes empresas não se interessem em investir em países que ofereçam poucas condições para obter lucros.  Esses países também apresentam os indicadores sociais mais baixos, têm secas constantes e processos acelerados de desertificação. Togo, Ruanda, Republica Centro-Africana, Afeganistão, Níger; composto no total de 24 países.

 
Colocação no Ranking de IDH de alguns países:
(Dados referente ao PNUD de 2011)
1º - Noruega - 0,943
2º - Austrália - 0,929
3º - Holanda - 0,910
4º - Estados Unidos - 0,910
5º - Nova Zelândia - 0,908
6º - Canadá - 0,908
7º - Irlanda - 0,908
8º - Liechtenstein - 0,905
9º - Alemanha - 0,905
10º - Suécia - 0,904
11º - Suíça - 0,903
12º - Japão - 0,901
13º - Hong Kong - 0,898
84º - Brasil - 0,718

* Média Mundial: 0,682
Fonte: Geografia sociedade e cotidiano 3 -  vol. 3 
            Autores: Dadá Martins, Francisco Bigotto, Márcio Vitiello.

Crescimento Econômico x Desenvolvimento Humano: contradições do Capitalismo



O Capitalismo é um sistema econômico que apresenta grandes contradições. Uma delas diz respeito ao modo como a riqueza e como se expressa na qualidade de vida. Nas décadas de 1960 a1970, a produção era o dado mais relevante para calcular o crescimento econômico de um pais ou de uma região (PIB ou PNB).

O nível de desenvolvimento é baseado em dados econômicos:
·         Desenvolvidos - constituído pelos países industrializado, cuja economia se baseava na produção industrial;
·         Em desenvolvimento – formado por países que possuíam um parque industrial em expansão, apesar de sua economia ser basicamente agrícola;
·         Subdesenvolvidos – formados por países que apresentam os índices mais baixos de produção e economia centrada exclusivamente na produção agrícola ou de matérias-primas.

A ONU (Organização das Nações Unidas) elaborou uma nova proposta de classificação dos países que passou a considerar, além do PIB, alguns indicadores sociais. São eles: Longevidade (ou expectativa de vida), nível de escolaridade ou PIB per Capita.
                                  
- Longevidade: É usada para planejar ações que irão visar à melhoria das condições de vida da população, principalmente dos idosos, em diversas áreas, como atendimento médico-hospitalar, acesso a moradia, entre outros;
- Nível de escolaridade: Calcula o grau de desenvolvimento humano, visando às taxas de analfabetismo e as matrículas feitas em todas as escolas do ensino fundamental, médio e superior do país. E com esse dado, fazer com os órgãos governamentais criem projetos para a melhoria da qualidade da educação no país;
- PIB per capita: Corresponde a soma de toda riqueza produzida no país dividida pelo total da população.


Comentários: O Capitalismo é influenciado nas nossas vidas, na busca pelo lucro estimulado, no consumismo exagerado e nas questões sociais como a desigualdade
 
No desenvolvimento sustentável devemos tomar como exemplo a reciclagem, onde há uma certa diminuição na economia, tanto nos recursos naturais como nos gastos com limpeza pública, nos tratamentos das doenças e no controle da poluição, além disso, diminui o acúmulo de dejetos e previne a natureza da extração de seus recursos. Para que haja isso, têm que haver uma consciência ambiental através do desenvolvimento sustentável, consumindo com menos desperdício, reutilizando e reciclando seus recursos.
Logo, a conscientização e a prevenção são essenciais para garantir o desenvolvimento sustentável e diminuir os efeitos causados ao meio ambiente. Porém o grande desafio é que o ser humano só vai tratar o lixo adequadamente, quando reciclar seu modo de produzir e consumir.


Fonte: Geografia sociedade e cotidiano 3 -  vol. 3 
            Autores: Dadá Martins, Francisco Bigotto, Márcio Vitiello.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Nova Ordem Mundial - Unipolaridade x Multipolaridade

Ordem Unipolar x Ordem Multipolar 

Ordem Unipolar

A Ordem Unipolar está caracterizada como uma estrutura na qual há grande dificuldade em contrabalançar o pólo. Em que apresentam vantagens imcomparáveis aos EUA: o Produto
Nacional Bruto, a capacidade militar e algumas vantagens geopolíticas. Sendo assim, podemos concluir que, não há dúvida de que o mundo atual é unipolar.

Sob uma ordem unipolar desaparece a competição por superioridade e por liderança, uma vez que a capacidade do pólo é muito maior que a de outros. Assim, o poder de chantagem das potências menores é pequeno. Os que balanceiam contra o pólo gastam vários recursos com esforços externos. Por esses fatores, a unipolaridade é a ordem mais estável e mais pacífica.

No período pós-Guerra Fria, dos anos 1990 até ao menos até a primeira metade dos anos 2000, teria existido uma clara unipolaridade no Sistema Internacional, já que os Estados Unidos tornaram-se a única superpotência e não havia sinais claros de que outros pólos de poder regionais teriam alguma capacidade de se contrapor aos EUA.

Baseado nesses fatores, tem que apresentar uma política externa ativa e intervencionista para os EUA, no intuito de prevenir desdobramentos desfavoráveis. Os EUA é a maior potência de toda a História. As potências do passado tinham alguma deficiência, mas não os EUA, por se desempenharem muito bem em todos os tipos de poder. Sendo assim, é praticamente inconcebível que surjam competidores no curto prazo. Se os EUA souberem gerir o sistema assumindo uma postura de manipulação das questões de segurança, principalmente, na Europa e na Ásia, não há por que afirmar que a unipolaridade é efêmera.


Ordem Multipolar


     A nova ordem costuma ser definida como multipolar. Isso quer dizer que existem vários pólos ou centros de poder no plano mundial. Hoje temos três grandes potências mundiais de poderio econômico, tecnológico e político-diplomático: EUA, Japão e a União Européia.
Assim, o século XX começou com uma ordem multipolar, passou para a bipolaridade e termina com uma nova multipolaridade. 

Diferenças existem entre a multipolaridade deste fim de século e início de século:

A primeira grande diferença é que no início do século havia somente um agente no cenário internacional: o Estado Nacional (como, por exemplo, Inglaterra, Alemanha, etc.) e tudo girava ao redor de suas relações econômicas e político-militares. Já nos dias hodiernos há um relativo enfraquecimento do estado-nação e um fortalecimento de outros agentes internacionais – a ONU, em primeiro lugar, e também as empresas multinacionais e as diversas organizações mundiais (governamentais e não-governamentais) que atuam nas áreas ambiental, econômica, cultural, técnica, etc.

Em segundo lugar, no início do século vivia-se uma situação de pré-guerra: as rivalidades entre potências conduziam inevitavelmente a conflitos bélicos entre si, o que ocorreu efetivamente de 1914 a 1918 e novamente de 1939 a 1945. Hoje isso é extremamente improvável de acontecer, pois no lugar de uma disputa acirrada pela hegemonia mundial, existe uma crescente cooperação , uma interdependência, inclusive com a criação de mercados regionais ou blocos econômicos. Dessa forma, as três grandes potências são ao mesmo tempo rivais e associados, possuem alguns interesses conflitantes e inúmeros outros em comum.

A nova ordem mundial era tida como dualista, ou seja, predominava a oposição entre o bem e o mal, entre o capitalismo e o socialismo. Possuia várias frentes de oposição, como RICOS/POBRES; CRISTÃOS/MUÇULMANOS(ISLÂMICOS); etc.


Comentários: Ordem unipolar  é um conceito geopolítico que diz respeito ao EUA como única potência. No tempo da guerra fria, viviamos num mundo bipolar: EUA e URSS dominando político, economico e ideologicamente.


Fonte: www.vestibular1.com.br
               www.freewebs.com         

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Velha Ordem Mundial


Definição: Geopolítica é uma disciplina das Ciências Humanas que mescla a Teoria Política à Geografia, considerando o papel político internacional que as nações desempenham em função de suas características geográficas, como localização, território, posse de recursos naturais, contingente populacional, entre outros.
 
A nova ordem mundial existente em nossos dias, caracteriza-se pela unipolaridade, o controle dos destinos do mundo por uma única superpotência, sobrevivente da Guerra Fria, os Estados Unidos, sendo este apoiado por potências menores porém ainda influentes (Europa e Japão).

Acredita-se que o fenômeno da globalização e da nova prdem mundial são intercomunicáveis, cada um resultando em causa e consequência do outro, pois estaria se configurando um domínio do império norte-amnericano sobre a economia de mercado ajudado pelo fenômeno chamado de “balcanização”, que consiste na fragmentação de vários antigos estados soberanos onde predominava a convivência de várias etnias e culturas diferentes. Tal fenômeno ajudaria na manutenção do predomínio econômico e político norte-americano, pois a soberania dos outros estados estariam sendo cada vez mais limitadas, condicionadas, enfim, inibidas. Com isso, assume-se que nesta nova ordem mundial, o estado nacional como conhecíamos até algumas décadas atrás entra definitivamente em decadência, resultando com isso que boa parte da população mundial retroceda a uma convivência com protetorados de fato, países fracos, sem representatividade, sustentados apenas pela ideia de unidade étnica e cultural.

Comentários:  A nova ordem mundial apresenta uma face geopolítica e outra econômica. Na geopolítica, houve uma mudança para um mundo multipolar, onde as potencias impõe mais por seu poder econômico de que bélico. Na economia o que aconteceu de novo foi o processo de globalização e a formação de blocos econômicos supranacionais.

A Nova Ordem Geopolícia Mundial é aplicado de forma abrangente. Pode se referir também à importância das novas tecnologias em um mundo globalizado e às novas formas de controle tecnológico sobre as pessoas.Buscando garantir o desenvolvimento do capitalismo e estrutura-se a partir de uma hierarquização de países, de acordo com seu nível de desenvolvimento e de especialização econômica.


A ORDEM MUNDIAL BIPOLAR

·A ordem internacional bipolar durou cerca de 45 anos, desde o final da
Segunda Guerra Mundial até por volta de 1989-91
· Essa ordem bipolar tinha como traço marcante e essencial a forte
oposição entre o Leste e o Oeste, Isto é, entre o “socialismo real” e o
capitalismo, considerados dois modelos societários alternativos e até
antagônicos.
· Duas superpotências, com enorme poderio econômico e principalmente
político-militar, comandavam cada um desses campos ou “blocos”: os
estados Unidos, no mundo ocidental ou capitalista, e a ex-União
Soviética, no mundo dito socialista ou comunista.

Mapa elaborado

 


CRONOLOGIA DA ORDEM BIPOLAR MUNDIAL:
Começando pela ordem cronológica dos fatos temos primeiro o que se chamou de ordem bipolar, consistindo num período da história, pós Segunda Guerra Mundial em que as potências vencedoras dividiram o mundo ideológica e economicamente em dois blocos ( ou polos ). De um lado o bloco capitalista, representado pelos Estados Unidos, com todos os países a esse bloco alinhado. Do utro lado o bloco socialista, representado pela URSS - União das Repúblicas Socialistas Soviéticas - e seus satélites. Criando no mundo um ambiente de permanente confronto ( bipolarizado ), resultando na tão falada Guerra Fria.
Após a segunda guerra mundial (1939 á 1945) onde os principais países envolvidos eram de um lado (URSS " Russia", EUA, Inglaterra e França) Vs (Japão, Italia e Alemanha). Sentoiu-se a necessidade de ocupar-se da Alemanha que foi devastada pela guerra. Iniciou-se uma corrida bipolar entre os aliados da guerra, Russia Vs EUA por esse motivo era chamada de guerra fria, ou seja dois países que eram aliados. Um tentando passar a perna no outro. Uma guerra fria entre Capitalistas (EUA) e Socialistas (Russia). Dividiram a Alemanha em duas partes e tentavam de um jeito ou de outro ser tornarem o centro mercantil do mundo. A guerra fria terminou oficialmente com a queda do muro de Berlim em 1991. Muro que até então dividia o mundo em dois polos (bipolar).

A GUERRA FRIA

· O aspecto mais marcante da ordem geopolítica bipolar foi a chamada
Guerra Fria. Ela consistiu simultaneamente numa disputa e numa
conivência entre Estados Unidos e ex-União Soviética.
· Foi uma disputa tanto político-militar e econômica como diplomática
cultural e ideológica.
· Outro elemento típico da bipolaridade e da Guerra Fria foram as duas
principais alianças militares das duas últimas décadas, a OTAN
(Tratado do Atlântico Norte 1949) e o PACTO de VARSÓVIA – 1955.
· A Guerra Fria serviu igualmente para tentar impedir o surgimento de
novas alternativas nessa realidade bipolar. Tentou-se reduzir os
caminhos dos povos somente a duas vias ou opções. Reprimiam-se as
novas possibilidades que podiam ir além de socialismo e capitalismo.
· A Guerra Fria foi, assim, acompanhada por uma fantástica corrida
armamentista. Da bomba atômica chegou-se à termonuclear.
· O mundo bipolar possuía uma ideologia, que consistia na
supervalorização da oposição entre capitalismo e socialismo.

Mapa elaborado

Bipolaridade: a Guerra Fria dividiu o mundo em blocos capitalistas e comunistas