A União Europeia reúne hoje 27 nações e forma um dos blocos econômicos mais consolidados do mundo.
1.2. Tratado de Masstricht e a criação da União Europeia
O Tradado de Maastricht promoveu um aprofundamento do papel da comunidade, dando início ao que se denominou União Europeia. Procurou-se a partir daí reforçar a cooperação política, desenvolver a vertente social da comunidade e melhorar a eficácia e a legitimidade democrática das instituições.
Esse tratado trouxe a efetivação de um mercado único, estabeleceu uma moeda única, o euro, e a criação de um Banco Central Europeu.
Dando continuidade ao processo de alargamento, em 2004, mais dez países passaram a fazer parte da instituição: Chipre, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia e República Tcheca. Com a adesão da Romênia e da Bulgária em 2007, a União Europeia elevou para 27 o número de Estados-membros.
Vale ressaltar,porém, que nem todos os países da União Europeia utilizam o euro como moeda de troca. Por exemplo o Reino Unido, Suécia e Dinamarca.
Com isso foi possível orientar a construção de políticas e tomadas de decisões refentes às alterações climáticas e à redução no consumo de energia.
1.3. Aspectos econômicos
A agricultura europeia se destaca por ser altamente diversificada por utilizar tecnologias avançadas e pela produtividade elevada. As produções de maior destaque são as de cereais, como o trigo, a aveia, o centeio e a cevada, cultivados em países como Itália, França e Alemanha.
Nos países mediterrâneos destacam-se as oliveira para produção de azeite e os vinhedos para a fabricação de vinhos. Em virtude das condições ideias de clima e de solo, os produtos desses países são reconhecidos internacionalmente.
Quanto a pecuária, ela é de forma intensiva, onde os rebanhos são confinados e tratados com os mais avançados recursos tecnológicos do setor. O rebanho mais importante é o bovino. A pesca, favorecida pelo enorme litoral e pelo enorme litoral e pela presença da corrente do Golfo, é fundamental para a economia de países como Noruega, Portugal e Islândia.
A exploração madeireira ocorre principalmente nas florestas boreais dos países escandinavos e constitui importante fonte de renda para esses países.
As extensas rodovias possibilitam a rápida locomoção. As ferrovias também se destacam, com ligações de alta velocidade, como o TGV e o eurotúnel. O sistema hidroviário é fundamental para o transporte de cargas.
1.4. Aspectos Demográficos
A União Europeia possui hoje cerca de 500 milhões de habitantes, o que faz a maioria de seus países membros, por suas dimensões territoriais, ser bastante povoada. Porém, a distribuição dessa população é bastante irregular, em virtude de fatores como o clima e o desenvolvimento econômico.
Em relação ao crescimento populacional, as taxas estão entre as mais baixas do mundo, chegando a ser negativas em muitos países. A queda nos índices de natalidade é o fator mais importante para entender esse processo.
1.5. Deslocamento populacional no velho continente
Após a Segunda Guerra Mundial, países como Inglaterra, França, Alemanha, entre outros, passaram a incentivar a vinda de imigrantes, principalmente de suas ex-colônias na África e Europa.
A partir da década de 1970, com a crise econômica e o consequente aumento do desemprego os imigrantes já não eram tao bem vindos. Isso levou ao surgimento de movimentos contrários à entrada e à permanência desses imigrantes.
Esse sentimento, caracterizado como Xenofobia, foi responsável pelo surgimento de partidos e grupos diversos resistentes à entrada de estrangeiros, em geral com ideologias neonazista e ultranacionalista de direita. A partir de então, muitos imigrantes e descendentes tornaram-se alvos de hostilidade.
2. Federação Russa e Comunidade dos Estados Independentes (CEI)
A CEI é uma organização supranacional criada após a dissolução da URSS em 1991. Com exceção dos países bálticos (Lituânia, Letônia, Estônia) e mais recentemente a Geórgia, todas as outras ex-repúblicas soviéticas mantêm-se na CEI.
A desestatização associada às grandes dividas internas e externas e à falta de competitividade de suas empresas, levou esses países a recessão. O ápice dessa crise ocorreu em 1998 com a decretação da moratória no pagamento da divida externa do país. A desconfiança do mercado abalou as bolsas de valores no mundo todo e motivou uma crise global.
3. Países Bálcãs
Os países dos Bálcãs localizam-se no sudeste do continente europeu e englobam, na sua maioria, repúblicas formadas após o desmembramento da antiga Iugoslávia, com exceção da Albânia. Desses países, apenas a Eslovênia foi integrada à União Europeia.
O país que apresenta os maiores problemas decorrentes dos conflitos no interior da Iugoslávia é a Bósnia - Herzegovina, que vem contando com o auxílio internacional para retomar o seu desenvolvimento.
Um caso ainda não resolvido é o de Kosovo, que, assim como as demais ex-republicas iugoslávia, reivindica sua autonomia. Apesar de ter sido declarada independente em 2008, isso ainda não foi totalmente reconhecido internacionalmente. Este fato demonstra o caráter ainda extremamente dinâmico das fronteiras do continente europeu.
Fonte: GEOGRAFIA: sociedade e cotidiano 3 - Volume único - Espaço mundial
Autores: Dadá Matins/ Francisco Bigotto/ Márcio Vitiello